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O que queremos dizer com Criatividade?
Falar sobre criatividade não é fácil. Significa tornar real, novas e imaginativas ideias. Corresponde à habilidade de reconhecer o mundo de novas maneiras, descobrir padrões escondidos, transformar ligações reais entre eventos inicialmente não ligados e a capacidade de criar soluções inovadoras.
De forma a criar precisamos de pensar e depois executar. Ter novas ideias, mas ficar parado quer dizer que alguém é imaginativo, mas não necessariamente criativo.
Criatividade pode ser definida como a capacidade que pode ser efetivamente desenvolvida e um processo que pode ser gerido. Começa como uma base de conhecimento, ao aprender uma disciplina, mas requer um domínio sobre uma maneira de pensar.
Qualquer pessoa consegue aprender a ser criativo. Pode experimentar, explorar, questionar suposições, utilizar ideias, a imaginação e ensinar e aprender, ao entender como sintetizar informação.
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Criatividade e Inovação
Muitas questões e afirmações surgem perto da Criatividade e Inovação porque são dois conceitos diferentes mas relacionados.
“ Criatividade é a capacidade ou o acto de conceber algo original ou invulgar.”
“ Inovação é a implementação de algo novo.”
“ Invenção é a criação de algo que nunca foi feito antes e é reconhecido como o produto de alguma percepção única.”
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Quais são as fontes da criatividade?
Há muitos pontos de vista sobre o que define a criatividade. O desafio consiste parcialmente na natureza e definição da criatividade. Pode tomar muitas formas e pode ser encontrada nos mais variados contextos.
Pode ser personificada por indivíduos com uma vasta gama de características pessoais com contextos diferentes. Não é apenas o destino de alguns, mas uma possibilidade para todos. Precisamos apenas de acreditar em nós próprios e não esperar para pôr em prática as ideias que nos surgem.
Enquanto fazemos reuniões de brainstorming podemos pensar em dezenas de novas ideias. Estamos portanto a evidenciar criatividade, mas só se tornará em inovação quando implementada. Por isso, precisamos de correr riscos de forma a que uma ideia criativa se torne numa inovação.
Um produto, um serviço, um aparelho ou um método que não exista anteriormente pode ser considerado invenção e qualquer invenção pode ser vista como uma inovação. Mas o inverso nem sempre é verdade.
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Fontes de criatividade
Pensamento criativo: Como as pessoas abordam problemas de forma imaginativa e flexível. Depende da personalidade de cada um e da sua maneira de pensar e trabalhar
Personalidade: Maneira de pensar e trabalhar
Conhecimento: Toda a compreensão relativa que um indivíduo traz ao esforço criativo. Requer conhecimento que pode ser técnico, processual ou intelectual.
Motivação: Geralmente aceite como chave para a produção criativa e o mais importante dos motivadores são a dedicação e interesse no trabalho
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Fontes de criatividade
Aptidões criativas não são apenas sobre boas ideias, mas também sobre possuir as competências necessárias para as tornar realidade.
Podemos encontrar várias explicações para a criatividade. Pode ser vista como propriedade ou uma característica humana, convertida numa importante mudança no mundo organizacional.
Criatividade não é apenas ser original; é algo para além de características psicológicas. É por isso que uma definição razoável pode não ser consensual.
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Fontes de criatividade
Para perceber o que a criatividade significa, precisamos de analisar:
- Contexto
- Criatividade do produto
- Processo de criação
- Características cognitivas da pessoa criativa.
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1. Contexto
Precisamos de observar todos os elementos que constituem uma situação em que todos os processos criativos emergem. A combinação de elementos pode ter um efeito catalisador ou inibidor.
Casos:
A nova lente desenvolvida pela REG’ART ( Caso 1) é um modelo único que o diretor queria mostrar no seu negócio. Demorou tempo a desenvolver e enfrentou grandes dificuldades. O produto final não foi criado para venda, mas um comprador foi encontrado imediatamente porque todo o processo foi original.
O que torna a MF Ceramics ( Caso 7) um caso de sucesso e inovação é a autonomia da Margarida e a independência do processo criativo ao mesmo tempo que mantém uma profunda relação as suas raízes e a influência que estas nutrem nela.
Quando a Sónia ainda tinha a loja de decoração para crianças aberta (Rosabengala, Caso 10), decidiu experimentar algo diferente em colaboração com outro designer. Organizaram uma exposição com o seu trabalho e foi um sucesso.
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1. Contexto
Rui Viana (Piurra, Caso 8) nasceu numa família de carpinteiros. Durante os seus estudos e já com emprego, Rui nunca parou de sonhar e planear um caminho mais independente no mercado do mobiliário.
Com uma visão bastante particular em mente, desafiou o dono da sua empresa para criar uma nova marca.
Beleza do Sal ( Caso 9) pretende diferenciar-se da competição não apenas pela qualidade e produtos singulares (sem químicos), mas também por usar materiais amigos do ambiente, promover produtos regionais (e.g. através da introdução de sal e algas na produção) e adotar processos de produção feitos à mão.
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2. Criatividade do produto
O resultado final é uma combinação de comportamentos, rendimentos, ideias, objectos e qualquer outro tipo de atividade humana.
Criatividade como rendimento criativo não pode ser medido com grande objectividade e depende de um conjunto de critérios dificilmente aplicados numa avaliação psicológica tradicional.
Kurelu ( Caso 4) tem introduzido várias inovações na tecelagem:
- Novos materiais e têxteis
- Padrões modernos
- Uma patente do tear
Centro Cerámica Talavera ( Caso 11) é outro exemplo de como encarar a crise económica ao utilizar a criatividade sem perder qualidade ou visão da cerâmica tradicional. “ Queríamos reinventarmo-nos dentro da tradição, continuar o processo de evolução, sempre com o máximo de respeito.“ </slider>
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3. Processo de criação Inclui todas as operações mentais que constitui o “ensino criativo”. Está igualmente relacionado com as características cognitivas de cada pessoa. Algumas pessoas assumem que toda a atividade criativa emerge de experiências prévias no cérebro, como resultado de perceções internas e externas. Criatividade pode ser entendida como uma interação de processos cognitivos, uma característica de personalidade, estilo de pensar e condições ambientais, que ocorrem numa base de contexto familiar, profissional ou social. Um treino numa escola de artes e ter seguido o seu próprio caminho de aprendizagem, imergindo-se a ela própria no processo de diferentes culturas e técnicas distintas de aprendizagem, forneceu a Margarida (MF Ceramics, caso 7) a base para o desenvolvimento de criação para certos produtos de cerâmica. Isto aliado à uma cultura visual notável, fez nascer o seu estilo característico. </slider>
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4. Como é que o pensamento criativo surge?
A criatividade não pode ser vista como algo apenas disponível para artistas e inventores. Na realidade, a mente humana tem um impulso criativo integrado no seu “sistema operativo”. Como tal, qualquer um pode dar origem a ideias criativas! O indivíduo, como ser humano criativo, tem algumas características psicológicas que o tornam numa pessoa criativa tanto em termos relativos como absolutos. Podemos incluir factores intelectuais, personalidade, motivação e variação na utilização de pensamento criativo. Por isso, o pensamento criativo surge da combinação de capacidades cognitivas de factores individuais como temperamento e carácter. Pode acontecer a partir de várias perspectivas. Pode ser o processo de nos tornarmos conscientes das dificuldades, problemas, falta de informação, elementos em falta, anomalias, erros ou hipóteses sobre deficiência, avaliar erros, revê-los e comunicar os resultados. </slider>
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4. Como é que o pensamento criativo surge?
No meio da crise económica na Grécia, Irini Papadopoulou (One & Only, Case 3), abandonou a sua carreira em marketing e vendas e voltou a uma velha paixão que tinha abandonado há muitos anos atrás: crochet e tricô tradicional. Inspirada por uma famosa marca italiana e determinada pela sua paixão, talento e alto sentido estético, começou a idealizar e a criar na sua casa as suas próprias malas ao combinar a herança grega com as ultimas tendências de moda. Florentin Robert (REG’ART, Case 1) obteve o seu diploma antes de se especializar em contactologia, optometria e baixa visão. O desafio que o jovem gestor encontrou foi como publicitar e desenvolver o seu negócio ao criar óculos personalizáveis, adaptáveis à anatomia de cada consumidor e dos seus gostos pessoais. Para isto, utilizou materiais invulgares para criar designs únicos. A última inovação é uma lente totalmente embutida, que criou ao desenvolver um processo que envolve um fluxo de água. </slider>
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4. Como é que o pensamento criativo surge?
Como tal, a criatividade é a capacidade de cada um de produzir ideias, descobertas, reestruturar, invenções, e criar novos e originais projetos que são aceites por especialistas como elementos valiosos na ciência, tecnologia e domínio das artes. Originalidade, utilidade e valor são propriedades do processo criativo. Criatividade também exige que oportunidades sejam aproveitadas. Por vezes, oportunidades surgem e temos de saber como tirar vantagem delas, especialmente no sector dos ofícios. </slider>
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4. Como é que o pensamento criativo surge? “ Pensar invoca lógica, imaginação, intuição e raciocínio sistemático, para explorar as possibilidades do que pode ser e criar os resultados desejados .” </slider>
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4. Como é que o pensamento criativo surge? O fundador da YUME PEMA ( Caso 2) trabalha de acordo com a abordagem Design Thinking. Aqui estão os três pilares de como este método é utilizado para desenvolver o processo de marchetaria: </slider>
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Maneiras para desenvolver criatividade Examinar e remover bloqueios de perceção Evitar decisões e conclusões rápidas, procure por alternativas. Reconhecer e ultrapassar recursos limitados Pensem como podem fazer a ideia funcionar, quem está disponível para ajudar e como podem substituir recursos dispendiosos que possam precisar. Pratiquem pensamento divergente/convergente Gerir múltiplas respostas para um problema ou colocar diversas e variadas ideias, conceitos e objectos juntos para criar um único objecto inovador. Colaborar Partilhem os pensamentos, promovam as ideias divergentes/convergentes e produzam mais ideias alternativas e diversas. Aprender Criatividade requer conhecimento. Geralmente, as pessoas mais criativas são aquelas que conseguem aplicar conhecimento de um domínio para outro. </slider>
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Entre os exemplos, podemos encontrar casos de artesãos que encontraram na colaboração e aprendizagem elementos chaves no processo criativo. Depois de anos a sobreviver na oficina, os artesãos do “Centro Cerâmica Talavera” ( Caso 11), organizaram uma exibição de “trabalho em progresso” para celebrar o seu 15º aniversário. Convidaram novos artistas de diferentes áreas (têxteis, artes plásticas, grafite, etc.) para utilizaram a cerâmica como meio artístico. Entre aqueles que aceitaram destacam-se o trio de pintores Rubenimichi. Com a sua colaboração, criaram caveiras em cerâmica. Margarida Fernandes, fundadora da MFCeramics ( Caso 7) decidiu abraçar o ofício da cerâmica depois de alguns trabalhos em estúdios de design. Contudo, após alguns contactos sem sucesso com oficinas portuguesas, viajou para a Dinamarca onde aprendeu novas técnicas artísticas. Sendo mulher, jovem e educada, estava longe de ser o tipo “normal” numa área tradicionalmente ocupada por homens. Depois da Dinamarca, Margarida viajou para Amsterdão onde aproveitou mais uma oportunidade para aprender diferentes técnicas. Depois desta experiência pelo norte da Europa, regressou a Portugal e abriu o seu próprio estúdio na garagem da família nos arredores de Lisboa. </slider>
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Ciclo de desenvolvimento de novos produtos (em ofícios)
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Ciclo de desenvolvimento de novos produtos (em ofícios)
O desenvolvimento de um novo produto é difícil/impossível de implementar? A resposta é claramente não. Existe uma maneira fácil…se seguirmos um itinerário estrutural... 1. Geração de ideias
Em ofícios, começamos por desenvolver um produto com um conceito. Até uma certa medida, o resto do processo garante que novas e criativas ideias são testadas para viabilidade. Pelo menos, no início todas as ideias são boas ideias, ou pelo menos uma pessoa criativa pensa sempre que são! ONDE BUSCAR IDEIAS? Podemos começar com uma análise “SWOT” ou “FFOA” (strenghts – forças , weaknesses - fraquezas, opportunities – oportunidades - e threats - ameaças). Com a análise SWOT conseguimos analisar a posição do ofício e encontrar uma direção mais em linha com a estratégia de negócio. Assegurem-se que: Incorporam tendências de Mercado catuais na análise SWOT Estudam previamente o mercado e Realizam pesquisa de mercado Estão abertos a sugestões do público-alvo Incentivam sugestões de empregados e parceiros Analisam a competição para forças e fraquezas </slider>
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Ciclo de desenvolvimento de novos produtos (em ofícios) 2. Triagem de ideias
Este passo é extremamente necessário para assegurar que ideias inadequadas são prontamente rejeitadas. Nesta fase, é necessário olhar para um retorno de investimento, acessibilidade, potencial de mercado, e olhar cuidadosamente para o futuro e evitar que o negócio falhe após capital investido. Também podem ser criativos aqui ao adaptar materiais mais baratos e pensar sobre novos materiais inovadores e processos de produção que poderão reduzir custos. </slider>
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Ciclo de desenvolvimento de novos produtos (em ofícios) 3. Testar Conceitos
As ideias precisam de ser testadas com consumidores para observar a sua reação.
Por esta altura, a ideia deve ser um conceito com informação suficiente para que o público-alvo consiga visualizá-la.
Assegurem-se que: Os consumidores percebem o conceito Que o querem ou precisam dele Tenham em conta o seu feedback, adaptem o conceito, comecem a pensar sobre a mensagem de marketing e simplesmente SEJAM MAIS CRIATIVOS.
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Ciclo de desenvolvimento de novos produtos (em ofícios) 4. Análise de negócio
Vamos precisar de um caso de negócio quando o conceito estiver testado e finalizado. PORQUÊ? Também vamos precisar de saber se o novo produto ou serviço vai ser rentável. Como tal, vamos precisar de uma estratégia de marketing detalhada com: Público-alvo Posicionamento do produto “mix” de marketing a ser utilizado Respondam ou incluam o seguinte na vossa análise: Existe procura para o produto? Existe um custo total para o produto? Qual é a concorrência? Qual é o nível de equilíbrio de custo/lucro?
A análise de estratégia de marketing é sempre composta pelos 4 “P”s: Product, Price, Promotion and Placement (Produto, Preço, Promoção, Distribuição)
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Ciclo de desenvolvimento de novos produtos (em ofícios) 5. Desenvolvimento de produto
Depois de aprovado, começamos a parte técnica e o desenvolvimento do marketing. Ou seja, a criação do protótipo. Em ofícios, normalmente não temos uma produção em massa e cada produto acaba por ser distinto de todos os outros porque existem pequenas diferente entre eles a nível criativo Nesta fase de design e pesquisa de especificação, perseguimos e exploramos vários métodos de manufatura. 6. Testar
Esta fase introduz o protótipo que segue o plano de marketing. É necessário assegurar que todo o conceito está correto e limar todas as arestas antes que o produto chegue à fase do marketing. </slider>
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Ciclo de desenvolvimento de novos produtos (em ofícios)
7. Comercialização Esta é a fase para as decisões finais para levar o produto ao mercado de lançamento. O preço e o plano de marketing já estão finalizados e existem equipas de vendas, distribuição de canais ou maneiras de exposição planeadas para garantir que o produto está pronto para a fase final. 8. Lançamento Um plano de lançamento é necessário agora… Isto assegura o máximo impacto no mercado. Para que esta fase corra bem é obrigatório uma avaliação de desempenho de mercado para garantir o sucesso do projeto. O QUE DEVEMOS APRENDER? Embora o desenvolvimento do produto seja um processo criativo, existe uma outra fase que requer disciplina e uma necessidade de seguir passos processuais básicos para atingir o sucesso. </slider>
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Ciclo de desenvolvimento de novos produtos (em ofícios) Identificação de critérios de design: envolve brainstorming Análise de ideias: Avaliação detalhada do conceito do produto (pesquisa de Mercado e estudo de conceitos) Génese do conceito: Transformar oportunidades de produto em conceitos tangíveis Protótipo: modelo “quick-and-dirty” (não tem de ser perfeito) Desenvolvimento de produto: “dar vida” à ideia (o produto tem um sentido e valor de negócio) PENSAR DESIGN Pensar design tem passos interativos que têm de ser seguidos numa ordem específica de forma a promover criatividade e colaboração. Empatia: aprender mais sobre o problema de múltiplas perspectivas Definir: identificar a magnitude da verdadeira natureza do problema Idealizar: Brainstorming de soluções para problemas (um novo produto pode ser um já existente, mas com uma perspectiva/dinâmica diferente) Protótipo: eliminar soluções pouco práticas Testar: pedir feedback </slider>
<slider> Aplicar conceitos ao contexto
1. Pensem sobre outros negócios no sector dos ofícios e atividades semi-industriais que conheçam, baseados na comunidade, país ou mesmo no estrangeiro. Como é que o contexto influencia o processo criativo? Quais foram as fontes da criatividade? 2. Agora pensem no vosso negócio. Como descreveriam o vosso negócio de acordo com os três pilares de Pensar Design? Que estratégias podem adotar quando estão a desenvolver a vossa criatividade? </slider>